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Epidemiologia Matemática, uma Aplicação nos Casos da Dengue
O que é epidemiologia matemática? Ou melhor o que é epidemia? Qual o intuito de estudo? A dengue pode ser considerada uma epidemia?
Acredito que estas foram os principais questionamentos feitos por mim sobre o assunto. Com elas vieram algumas pesquisas, respostas e mais, muito mais, questionamento a respeito. Se você, caro leitor, tem interesse em estudos de epidemiologia matemática, análise de sistemas não lineares e processamento de sinais, veio ao lugar certo. Entretanto, se a matemática lhe causa pesadelos, ‘calma lá’, a ideia é que esses assuntos possam ser abordados de forma simples, evitando formalidades matemáticas sempre que possível e referenciando-as aos interessados. Assim, esse texto é o primeiro de uma longa, peço licença pela intimidade, jornada que visa responder alguns questionamentos, fazer outros, esclarecendo-as passo a passo. Mas como toda grande caminhada começa com o primeiro passo, ‘bora lá’ procurar algumas respostas.
O que é uma epidemia?
Dizemos que há uma epidemia num determinado local e período quando há um excesso no número de casos de uma determinada doença em relação ao que é teoricamente esperado.
Primeira reação é: Hein!? E o número teórico esperado é quanto? Por hora, e para possibilitar a avanços dos estudos, vamos considerar intuitivamente que uma epidemia é um aumento repentino no número de casos de uma doença. ‘Pegando carona’ a dengue é, portanto, um caso de epidemia, infectando um grande número de pessoas de tempos em tempos graças a um dos grandes vilões dessa jornada, o Aedes Aegipty (ver figura abaixo).
Tudo bem, ‘aceito’ o a definição de epidemia o que seria a epidemiologia? E a epidemiologia matemática?
A epidemiologia é a ciência que visa estudar as epidemias, quanto aos seus comportamentos em diferentes aspectos, desde a fatores genéticos a sociais. Em suma, as causas, consequências e controle das epidemias. Quanto a epidemiologia matemática, é um ramo da epidemiologia que busca o comportamento quantitativo e qualitativo das epidemias por meio de modelos matemáticos.
Qual o intuito de estudar a epidemiologia matemática? Essa eu deixo para [bibcite key=clancy1999optimal] responder:
“Uma das principais razões para estudar modelos matemáticos de propagação de doenças é a esperança de ter uma melhor compreensão do mecanismo de transmissão que possa levar a estratégias de controle mais eficazes.”
E quem são esses modelos? Eles ajudam mesmo a compreender as epidemias? Explicam o que é observado? E o que é que pode ser observado?
Cenas dos próximos capítulos: O modelo SIR (Suscetíveis, Infectados e Recuperados), o que [bibcite key=hethcote1976qualitative] tem a nos dizer.
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Graduado em Engenharia Eletrônica pela Universidade Federal de Sergipe (UFS, 2012-2017). Realizou Iniciação Científica como bolsista no Projeto Dinâmica de Fluidos (Séries de Fourier, 2014-2015); e como voluntário no Projeto Espaços de Schwartz e Transformada de Fourier (Teoria de espaços funções singulares). Atualmente, mestrando em Engenharia Elétrica pela mesma instituição. As áreas de interesse em pesquisa concentram-se em: Sistemas não Lineares; Sistema Epidemiológicos; Processamento de Sinais; Programação em Modelagem Matemática; Controle Não-Linear.